«Ainda sinto os pés no terreiro
Que os meus avós bailhavam o pezinho
É que nas veias corre-me basalto negro
E nas lembranças vulcões e terramotos
Por isso é que eu sou das Ilhas de Bruma
onde as gaivotas vão beijar a terra
Se no falar trago a dolência das ondas
O olhar é a doçura das lagoas
É que trago a ternura das hortênsias
E no coração a ardência das caldeiras
Trago o roxo, a saudade, esta amargura
E só o vento me ecoa na lonjura
Mas trago o mar imenso no meu peito
E tanto verde a indicar-me a esperança».
(Manuel Medeiros Ferreira)
Atlantikgirl
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